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13 Consequências Da Privação Do Sono

Fase essencial para a regeneração profunda, longe de ser um estado de inatividade, o sono interfere muito na saúde. Quando você está dormindo, ocorre bilhões de tarefas moleculares no nível celular para garantir mais um dia de vida, claro que você não morrerá se tiver uma noite ruim, porém a privação prolongada do sono provoca várias consequências que afetam a mente, cérebro e corpo, por isso a quantidade e qualidade do sono são primordiais e não devem ser negligenciadas.

13 Consequências Da Privação Do Sono

1 baixo desempenho motor

Quando estamos dormindo profundamente, o nosso corpo produz o hormônio responsável pelo crescimento chamado somatotrofina ou somatotropina (ST), auxiliando a manter o tônus muscular, evitar o acúmulo de gorduras, melhorar o desempenho físico e combater a osteoporose. Sonolência excessiva, cansaço e perda de disposição são os primeiros sintomas sentidos pela ausência da qualidade do sono.

2 embriaguez e maior risco de acidentes

Lapsos de memória e percepção visual distorcida, estar ‘bêbado de sono’ atinge a maneira como os neurônios codificam as informações e como os estímulos visuais são lidos, algo muito semelhante à embriaguez, o que altera o tempo de reação ao volante. Longas horas de direção nas estradas ameaçam o estado de atenção e vigília, já que os neurônios não estão respondendo com a eficiência que deveriam, sendo a principal causa de acidentes automobilísticos.

3 consequências para a memória e aprendizado

Durante o sono as lembranças do dia são guardadas na memória, o cérebro transfere as informações do hipocampo para o neocórtex, transformando a memória de curto prazo em longo prazo, absorve aquilo que considera primordial e descarta informações irrelevantes, fixando lições que aprendemos ao longo do dia, o que renova nosso desempenho cognitivo, permitindo maior capacidade de concentração e aprendizado. Porém, isso só acontece quando atingimos o sono mais profundo, a fase de ondas lentas (em que dormimos sem pensamentos), o sono REM.

Estudos publicados nas revistas Nature Neuroscience (2000) e Education Next (2012), recomendam que as aulas escolares comecem mais tarde, após constatar que alunos entre 11 a 14 anos aumentaram a média das notas com a alteração do início dos horários das aulas que passaram das 7:30h para 8:30h.

4 instabilidade emocional e estresse

A falta do sono reparador prejudica as áreas do cérebro envolvidas na regulação das emoções, uma delas é o córtex pré-frontal, responsável por “frear” as reações emocionais. Em vez de pararmos para processar e administrar as emoções, nós ficamos instáveis e mais suscetíveis a reações negativas como ataques de raiva e choro fácil.

O cortisol conhecido popularmente como hormônio do estresse deve ter seu nível mais alto pela manhã para permanecermos acordados e ir diminuindo ao longo do dia, atingindo o nível mais baixo depois das onze da noite, período em que os níveis de melatonina (hormônio que induz ao sono) sobem. Com a privação do sono, o sistema nervoso simpático associado à descarga de adrenalina e ao estresse acaba mais ativo que o parassimpático, aquele que promove o relaxamento. Desse modo, a má qualidade do sono ocasiona um estado de alerta no corpo permanente, provocando cansaço, dores musculares e de cabeça.

5 consequências psicológicas

Adultos com privação do sono crônica são mais propensos a sentirem sintomas presentes na depressão e ansiedade, além do consumo de álcool em doses mais altas e maior risco de suicídio.

6 sistema imunológico enfraquecido

Quando as infecções surgem, nós automaticamente dormimos mais para proteger as células de defesa do organismo. A privação do sono deprime as células imunes que combatem os vírus, bactérias e as células cancerígenas, o que explica por que as pessoas que dorme bem e o suficiente para o corpo suportar o esforço exigido todos os dias, vivem mais que aquelas que dormem pouco e mal.

7 alterações hormonais e infertilidade

Melatonina, hormônio do crescimento, adrenalina e TSH (hormônio estimulador da tireoide) estão muito relacionados com a existência de um sono adequado, por isso a privação do sono crônica tem o potencial de causar consequências como atraso do crescimento, dificuldades para o ganho de massa muscular, alterações tireoidianas e fadiga.

Outro hormônio importante que entra em ação quando dormimos é a prolactina, a substância liberada por ele é essencial para a reprodução humana. Com o prejuízo na quantidade e qualidade do sono, as mulheres tem o ciclo menstrual desregulado e os homens sofrerem de impotência sexual, além de infertilidade.

8 envelhecimento precoce

Quando estamos dormindo produzimos hormônios “rejuvenescedores” como a melatonina e o hormônio do crescimento, que exercem funções reparadoras e calmantes para a pele, prevenindo o envelhecimento precoce e o acúmulo de tecido adiposo (gordura).

Aquela velha história do sono da beleza é verdade! Poucas horas dormidas ocasiona a deterioração mais rápida do colágeno. Um corpo mal descansado e estressado não produz só olheiras, a pele perde a vitalidade e favorece o aparecimento de rugas, devido ao aumento dos níveis de cortisol, desidratando a pele e danificando o colágeno, que a manteria firme.

9 hipertensão

A privação do sono deixa o organismo em estado de alerta, o corpo permanece estressado, elevando a atividade da adrenalina, cortisol e noradrenalina, que tem ação vasoconstritora (contração dos vasos sanguíneos), provocando arritmias cardíacas, aumento da pressão arterial e a longo prazo, hipertensão.

10 aumento do apetite e obesidade

Com a redução do sono, o “hormônio da fome” (grelina) é aumentado para repor a energia, provocando o desejo por açúcar e carboidratos, ao mesmo tempo, ocorre uma diminuição do hormônio leptina, que diz quando você está satisfeito, causando a perda do controle e te deixando mais impulsivo na hora da comida. Lembrando que, quanto mais tempo permanecemos acordados, mais tempo passamos ingerindo alimentos e bebidas.

11 consequências gastrointestinais

Estudos publicados no World Journal of Gastroenterology (2013) concluíram que poucas horas de sono pioram o refluxo gastroesofágico e aumentam as chances de desenvolver sintomas de doença inflamatória intestinal (DII) como a doença de Crohn.

12 diabetes

Segundo um estudo científico do American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolism, a privação do sono crônica está relacionada ao surgimento de doenças metabólicas como diabetes tipo 2 e esteatose hepática (fígado gorduroso). De forma contínua, quando perdemos seis horas de sono, a capacidade do fígado de produzir glicose e processar a insulina é afetada. Os níveis de glicose no sangue aumentam e os níveis de triglicérides (gordura) elevados estão associados à resistência ou incapacidade do organismo de processar a insulina, causando diabetes tipo 2.

13 consequências para a visão

Quanto mais tempo se passa acordado, maiores são as chances de erros visuais e até alucinação. A privação do sono crônica pode ter relação com problemas de visão dupla, perda de visão periférica e visão obscura, devido ao aumento de alterações vasculares na retina. Além disso, os distúrbios do sono comprometem a capacidade do organismo de combater infecções, por isso facilita a contração de conjuntivite viral e bacteriana.

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Identificou qualquer uma das 13 consequências? É importante consultar um especialista em Medicina do Sono para ajudar no diagnóstico e na aquisição de melhores hábitos para dormir compatíveis com sua idade e rotina. Caso o conteúdo tenha agradado, não esqueça de curtir e deixar o seu comentário no blog :)

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