Esgotamento Profissional: Os Sintomas do Estresse Ocupacional

Como vimos no post anterior, os possíveis fatores causadores de estresse são cumulativos, visto de forma isolada, um fator pode não ser tão forte quanto parece, mas junto aos demais, o estresse causa o desequilíbrio físico, mental e psíquico do indivíduo, quando experimentada uma reação forte a um determinado evento bom ou ruim.

Essa reação forte e contínua ao estresse ocupacional gera a exaustão emocional, afetando a qualidade de vida do trabalhador, provocando os sintomas físicos, psicológicos e comportamentais, como veremos abaixo.

Um atleta pode ser capaz de usar o estresse de forma positiva na temporada de jogos. Um executivo pode dar tudo de si para ir bem numa apresentação. Porém, um nível moderado de estresse vivido todos os dias resulta no esgotamento profissional, sendo o principal responsável pelo aumento no número de afastamento de funcionários. 

esgotamento profissional: os sintomas do estresse ocupacional

Sintomas Físicos

O estresse pode causar: mudança no metabolismo, aumento do ritmo cardíaco e respiratório, pressão sanguínea alta, sistema imunológico frágil, dores de cabeça, taquicardia e dores de estômago ou gastrite.

Sintomas Psicológicos

Quando o estresse ocupacional afeta o psicológico do trabalhador, automaticamente, ocorre uma insatisfação pelo trabalho, causando: tensão, ansiedade, irritabilidade, tédio e procrastinação.

Trabalhos que apresentam demandas múltiplas e conflitantes ou quando não existe clareza sobre os deveres, autoridade e responsabilidade de cada um, são fontes de estresse. Trabalhos que oferecem pouca variedade, significância, autonomia, feedbacks e identidade, reduzem o envolvimento do empregado com a empresa, provocando também insatisfação e estresse.

Sintomas Comportamentais

São aqueles percebidos pela mudança na produtividade, como a piora do desempenho; aumento de faltas no trabalho; mudança na alimentação, como a falta ou aumento de apetite; excesso do consumo de bebidas alcoólicas ou tabaco; fala mais rápida; inquietação; aumento do número de erros; perda de prazos; brigas no trabalho; isolamento social; dificuldades para tomar decisões rotineiras; propensão a acidentes e distúrbios do sono, como a insônia.

Tendo consciência das consequências que o estresse ocupacional pode fazer no corpo e mente do sujeito, é indispensável a prevenção desses sintomas, pois o agravamento deles gera prejuízo à saúde do trabalhador, problemas em sua família, e alteração na economia empresarial.

Não só o medo do desemprego, a sobrecarga de trabalho, as desavenças entre colegas e a baixa remuneração podem ser fontes de estresse ao trabalhador, mas, sobretudo, quando o trabalho é levado para casa, e a vida pessoal e profissional começam a se misturar, sem a existência de limites, horas de descanso e lazer, não há mais como se separar do trabalho, mesmo estando longe da empresa.

Com a evolução da internet, muitas empresas acabam obrigando os funcionários a continuarem trabalhando mesmo fora do expediente, através de ligações e emails que interferem a hora do sono, os feriados, a hora da janta, etc. Infelizmente, no Brasil nada está sendo cogitado, mas na França já foi criada uma lei que concede aos trabalhadores o “direito a desconectar”, proibindo a extensão do horário de trabalho fora do contrato.

Para haver melhorias na qualidade da saúde dos trabalhadores é necessário um plano de mudanças nas condições de trabalho; a cooperação e abertura de comunicação dos profissionais em todos níveis de hierarquia; a participação ativa dos funcionários nos processos de melhoria contínua, entendendo a empresa como um bem comum; e o permanente controle dos resultados das melhorias para sempre adaptá-las a qualquer alteração na empresa.

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Imagem – Pinterest