O Que é Comportamento Passivo-Agressivo? - blog de psicologia Melkberg - passivo-agressivo - comportamento - raiva - personalidade - comunicação - comportamento passivo-agressivo

O Que é Comportamento Passivo-Agressivo?

Durante as 24 horas, todos nós podemos oscilar de humor de acordo com os eventos do dia, estando mais serenos ou rabugentos e irritados, isso não é necessariamente algo patológico, apenas um reflexo dos acontecimentos em nossas emoções.

Sentir raiva é natural, e a melhor maneira de expressar sentimentos intensos como esse é se comunicar de modo transparente. Porém, o sujeito passivo-agressivo exterioriza a raiva de forma velada, através do silêncio, do isolamento ou da vitimização. Por exemplo, Marina faz algo que desagrada Renato. Ele sendo passivo-agressivo, ao invés de expressar o seu ressentimento e ser sincero, optará por esconder a raiva e entrará num comportamento “fechado”, mal-humorado, utilizando sarcasmos, ironias e indiretas em sua comunicação como uma vingança e agressão silenciosa, ele negará que haja algo de errado, deixando Marina insegura e confusa em relação a ele.

Imagino que você já tenha lidado com alguém como Renato, que mesmo estando claramente irritado e desconfortável, responde que está tudo bem criando um clima de tensão entre vocês. Isso ocorre devido à dificuldade de expressar sentimentos digamos mais negativos.

Segundo teorias oriundas de correntes pós-freudianas, o comportamento passivo-agressivo é um mecanismo de defesa, parcialmente consciente. É um traço de caráter, presente em cada um de nós em diferentes graus. Mesmo não entrando em conflito, ainda transmite mensagens de sua tensão. Pessoas passivo-agressivas não vão dizer o que sentem e expor o seu descontentamento, elas vão ignorar a comunicação franca e direta.

Quando alguma coisa não ocorre como desejava, o passivo-agressivo não exterioriza sua fúria, frustração ou angústia, ele utiliza uma postura aparentemente passiva de modo agressivo. Parece complexo, muitas pessoas que lidam com isso, ficam desorientadas sem saber qual a melhor forma de reagir, até mesmo através da linguagem corporal é difícil de identificar esse traço de personalidade.

Sorrisos amarelos, respostas que não combinam com ações e uma sensação de que aquela “gentileza” não foi feita de boa vontade são alguns sinais do comportamento passivo-agressivo, que busca mascarar a raiva por meio de atitudes aparentemente pró-sociais. Geralmente, o objetivo é irritar a pessoa de quem o indivíduo está chateado, porém de maneira que ele não pareça culpado. É claro que a longo prazo, isso prejudica as relações interpessoais, causando problemas de comunicação e de confiança dentro de um relacionamento.

Pessoas com comportamento passivo-agressivo possuem a habilidade de simular carinho quando no fundo desejam menosprezar, controlar ou ridicularizar. Normalmente não fazem elogios e quando fazem, a apreciação vem sempre acompanhada por uma frase desagradável que estraga a “boa intenção” inicial.

O comportamento hostil é disfarçado, movido à ira e frustração. Mensagens com duplo sentido, ironia, piadas de mau gosto, a interpretação do papel de vítima, críticas corriqueiras, comentários sarcásticos, teimosia e até mesmo a procrastinação fazem parte desse traço de personalidade. O passivo-agressivo domina a arte de evitar o confronto e levar ao limite os mais próximos. Assim como os pervertidos e manipuladores narcisistas, o passivo-agressivo parece contribuir para uma longa lista de personalidades tóxicas. 

Portanto, ser passivo agressivo é um traço de caráter, um modo de funcionamento da personalidade, não é uma psicopatologia, um transtorno mental (como era considerado antigamente). Quem possui esse padrão de comportamento, reage de maneira desafiadora diante dos pedidos dos outros, demonstra frequentemente uma atitute negativa e tem grande poder de manipulação. Conviver com um passivo-agressivo pode ser bem desgastante. Provavelmente, você tenha um familiar, namorado(a), ou colega de trabalho assim. Se você nunca conheceu alguém que age de modo semelhante, talvez esse alguém seja você.


ARTE – “Memory” (1948), de René Magritte.

A pintura surrealista costuma usar imagens estranhas para representar o significado, mas podemos imaginar que essa estátua decapitada e ferida simboliza as memórias dolorosas causadas por um amor perdido ou relacionamento destrutivo. A cor vermelha presente na rosa e no rosto está associada tanto ao amor como ao perigo e sangue. Pelo olhar, podemos também pensar que uma mulher está recordando o passado de sua relação amorosa que parecia antes perfeita, mas agora só remete a um tempo sombrio de decepções e traumas.


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