Amor patológico. Quem nunca sofreu de amor ou conhece alguém que está sofrendo nesse exato momento? Por incrível que pareça, a psicologia carece de informação e material para divulgação do amor patológico, o motivo se dá porque essa condição ainda não consta no manual de classificação dos transtornos mentais, mesmo afetando muitas pessoas, em sua maioria, mulheres. Popularmente, dizem que o sofrimento provocado pelo amor patológico se dá por “amar demais”, será? Essa questão é discutida ao longo da leitura e revelada.
Em parceria com a editora Hogrefe, a qual sempre acompanhei, o exemplar “Como lidar com o amor patológico” foi escolhido por mim, por ter a certeza de que possui o potencial para orientar você, leitor(a) ou alguém de seu conhecimento, que pode estar preso, se sentindo impotente diante de um relacionamento talvez até abusivo/violento, em que não consegue buscar saída, ou ocorre o término da relação, porém não ocorre a superação.
O sofrimento que mais motiva a procura por tratamento nos consultórios de psicologia e psiquiatria é aquele decorrente dos problemas nos relacionamentos amorosos. O amor é um sentimento tão forte, mas cada vez esquecido, não discutido. Por essa razão, este guia prático foi criado por Eglacy Cristina Sophia e Táki Athanássios Cordás, devido à grande demanda por ajuda no Setor de Amor e Ciúme Patológicos do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Pro-Amiti).
há mais de dez anos sou dependente do meu ex-marido; sei que ele não foi bom para mim, que tem outra mulher e filho com ela, mas não consigo me libertar. Todo mês, na data em que ele paga a pensão da minha filha, planejo alguma aproximação, quero saber da vida dele e ainda penso em uma maneira de ele voltar para mim. Sinto-me presa!
A partir desse desabafo, foi criado o primeiro laboratório especializado em amor patológico do país.
O guia prático “Como lidar com o amor patológico” auxilia também os profissionais da área de saúde na ampliação do conhecimento teórico e prático com intuito de acertar o diagnóstico e consequentemente, oferecer a melhor orientação e tratamento ao paciente.
O amor romântico (afetivo e carnal) foi discutido pela filosofia de Platão, ele já alertava sobre a diferença entre o “amor autêntico” que liberta as pessoas do sofrimento e o “amor possessivo” que move as pessoas a perseguirem seus parceiros como se fossem objetos a adquirir.
Neste livro, a diferença entre o amor saudável e patológico é amplamente debatida, principalmente, através dos estágios do amor. Podemos também identificar e avaliar o amor patológico, pelos seguintes pontos: comportamento (seis características semelhantes em dependentes de álcool e outras drogas); personalidade (impulsividade, autotranscendência e baixo autodirecionamento); maneira de amar (mantêm relacionamentos insatisfatórios, medo do abandono, altruísmo, instabilidade, insegurança e excesso de controle); sociedade atual e a consequência da expansão do mundo virtual (aumento das patologias narcísicas, prazer imediato, instituição familiar permissiva, relacionamento virtual e “amor líquido”); vínculo amoroso; agressividade; diferenças entre amor patológico e ciúme patológico; dificuldades enfrentadas; e diagnóstico diferencial.
Além desses pontos citados acima, as causas para o desenvolvimento do amor patológico serão enfatizadas através dos vínculos estabelecidos na família. A importância do amor recebido durante a infância pelos pais para o amadurecimento emocional do ser humano, o famoso “dar o exemplo” para que os filhos busquem parceiros saudáveis e confiáveis em um relacionamento.
Aspectos da saúde mental na avaliação do amor patológico são fundamentais para dar o diagnóstico correto ao identificar a baixa autoestima, sentimentos de rejeição, abandono e raiva. Conferindo a ocorrência de transtornos mentais que contribuem para essa condição como a depressão, ansiedade ou transtorno obsessivo-compulsivo.
Com o avanço da neurociência, o amor patológico é também explicado pelos resultados de exames de ressonância magnética em pessoas recentemente apaixonadas, demonstrando a “química do amor” e seus componentes químicos envolvidos nas fases de atração sexual, paixão e ligação.
Após as explicações dadas pelos autores, o livro finaliza com todas medidas indicadas para ajudar as pessoas com amor patológico, destacando: o que não se deve fazer com essas pessoas; como dialogar com elas; as possibilidades de tratamento; a psicoterapia em família; formas de prevenção (imposição de limites e o apoio); os benefícios de cada psicoterapia; medicação; e o funcionamento do “Programa dos 12 passos” utilizado nos grupos de ajuda mútua.
Preste atenção nos principais comportamentos que caracterizam pessoas com amor patológico:
- Sentir-se preso ao parceiro, sem conseguir sair ou melhorar o relacionamento.
- Dar atenção excessiva através da idealização e cuidado do parceiro.
- Abandonar suas atividades e pessoas importantes que antes eram valorizadas.
- Manter um relacionamento doentio mesmo sabendo dos prejuízos provocados.
- Gastar tempo excessivo para manter o parceiro sob controle.
- Falta de controle aos sintomas de abstinência (taquicardia, insônia, agitação ou lentidão, dores musculares etc.) quando o parceiro ameaça abandono ou se distancia emocionalmente.
Verificando essas características, leia “Como lidar com o amor patológico” para saber mais informações, procurar ajuda especializada conforme as psicoterapias e endereços de centros de tratamento gratuito espalhados pelo Brasil, disponíveis no livro/guia prático. Encontre o livro, aqui!
Ficou com vontade de ler?
Encontre aqui Como Lidar com o Amor Patológico: Guia Prático Para Pacientes, Familiares e Profissionais de Saúde, dos autores: Eglacy Cristina Sophia e Táki Athanássios Cordás. Clique abaixo para saber mais detalhes.
Se você gostou do livro/guia prático “Como lidar com o amor patológico”, não esqueça de deixar seu comentário e compartilhar com mais pessoas *•*
E para evitar violência.
CurtirCurtido por 1 pessoa