Toc Toc Toc, o transtorno obsessivo compulsivo parece um bater de porta incessante, sem hora marcada, ele pode surgir a qualquer instante. Uma porta que você abre e fecha, mas não encontra saída. Você sofre e sua mente não pára à procura de saída, de sair dos pensamentos obsessivos que invadem a sua mente e só encontram o alívio depois de fazer tudo o que deve ser realizado, expressado através do ritual compulsivo.
O ritual pode ser a verificação por segurança, a dúvida pela certeza, o guardar de objetos pelo futuro precisar, o não pisar em determinada cor no chão por superstição, o não tocar pelo medo da contaminação, os gestos religiosos para se proteger, as longas horas de banho e lavar de mãos infinitos, o olhar simétrico que só os perfeccionistas mais extremos conseguem ter e o incômodo persistente na mente do consciente portador do transtorno obsessivo compulsivo.
Todos nós somos invadidos por pensamentos ruins e medos, porém quem sofre desse transtorno chamado TOC, experimenta esses pensamentos de forma recorrente e persistente, só conseguindo experimentar o alívio depois que realiza seu ritual. O portador de TOC se sente mal pelo medo que esses pensamentos trazem e mais ainda que eles aconteçam de fato, pois não suportaria a culpa que carregaria.
Quanto mais se evita os pensamentos obsessivos, mais eles voltam para sua mente com força total e aí… Toc Toc Toc, mais uma vez o ritual de volta. Percebe que isso não tem fim? O comportamento compulsivo para eliminar tais pensamentos invasivos, se tornam um ciclo que dura por toda a vida, os sintomas podem enfraquecer ou piorar, dependendo da situação presente.
Quanto mais estresse, angústia e ansiedade, isto é, caso ocorra qualquer mudança na vida, mais se agrava o quadro do transtorno obsessivo compulsivo. Os efeitos do ciclo do TOC vão se tornando mais complicados, afetando as relações interpessoais do portador e impossibilitando ele, até mesmo de realizar tarefas corriqueiras do cotidiano.
O ritual vai se tornando mais demorado, desgastante e bizarro, é comum o indivíduo se atrasar, ferir suas mãos, não conseguir dormir, evitar eventos sociais ou mesmo não sair de casa, devido à grande angústia e ansiedade que o TOC traz.
Os danos não param por aí, o indivíduo portador de TOC pode virar motivo de chacota, pode perder seu emprego, seu namoro, casamento e suas amizades, por isso que ele se retrai e prefere escolher lugares isolados para conseguir continuar seu ritual e não ser humilhado.
Muitas pessoas não percebem que pode ser uma doença e levam para o pior lado, como se fosse algo ridículo, porque olhando de fora é o que aparenta, mas quem sofre desse mal chamado TOC, sofre muito e se torna prisioneiro de si mesmo e de suas manias, como os outros chamam. Manias, estas que se fecham e levam junto a vida daqueles que as fazem.
Sendo assim, feche a porta para seu ritual compulsivo e aos pensamentos ruins/catastróficos, abra mais a porta para a sua vida, não deixe que esse ciclo que você mesmo sabe que não existe lógica, domine seus próximos anos de vida. Só você tem acesso a essa porta, você consegue e deve fechá-la quando quiser e quem decide o que vai acontecer na vida do próximo, não é responsabilidade sua.
Todos nós passamos por momentos estressantes na vida, basta saber lidar melhor com eles e perceber que isso é a vida, é viver independente do que aconteça, porque momentos bons também existem e estão reservados para você, é só saber viver.
Se você leu esse post e possui TOC, faça psicoterapia, não tenha vergonha de procurar ajuda. Espero que você encontre a saída desse ciclo e deixe a porta permanentemente fechada para ele. Bjs!
Imagens – Pinterest
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Recentemente assisti um reportagem sobre Toc e fiquei interessado em saber que este tipo de comportamento tem que ser tratado e não ignorado. O mais importante é que cada comportamento Toc é único em cada pessoa, isto significa que o tratamento varia de pessoa em pessoa.
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Sim, existem vários tipos de TOC e em diferentes graus. Como o portador do transtorno obsessivo compulsivo realiza os rituais escondido, ele não procura ajuda, somente quando o sofrimento é grande demais que alguém de fora percebe e o ideal é procurar ajuda sempre.
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