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Resenha: Animus e Anima, de Emma Jung

O que é ser homem e o que é ser mulher? Emma Jung (esposa de Carl Gustav Jung, o fundador da Psicologia Analítica) respondeu em dois ensaios chamados “Uma Contribuição ao Problema do Animus” (1931) e “Anima como Ser Natural” (1955) quais seriam as funções sociais e papéis de dois complexos funcionais da psique Animus e Anima, suas formas de manifestação e como atuam em nosso inconsciente.

A conclusão desses ensaios (contidos no livro) foi de extrema importância, pois Emma Jung até então estava na sombra do seu marido Carl Jung, ela era vista apenas como uma aluna do mestre, e escreveu para Sigmund Freud expressando seu ressentimento, como idolatravam Jung e como ela se sentia isolada em seus estudos. Dois temas despertaram o interesse dela e auxiliaram a conquistar o reconhecimento: o mistério de Santo Graal e a questão do feminino no homem e masculino na mulher, descritos nesta obra.

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Animus e Anima, de Emma Jung

Uma introdução à psicologia analítica sobre os arquétipos do masculino e feminino inconscientes

Animus é o arquétipo que compõe o lado masculino da psique feminina, de modo inconsciente. Simbolizando a percepção e o comportamento masculino na personalidade da mulher. Animus representa ideias como: alma racional, vida, mente, poderes mentais, coragem ou desejo.

Anima é o arquétipo que constitui o lado feminino da psique masculina, de modo inconsciente. Simbolizando a percepção e o comportamento feminino na personalidade do homem. Anima representa ideias como: respiração, alma, espírito ou força vital.

A conscientização desses arquétipos, a diferenciação e o seu desenvolvimento na psique individual são uma exigência para o processo de individuação, ou seja, é essencial que o lado feminino da personalidade do homem e o lado masculino da personalidade da mulher estejam equilibrados e integrados, expressos na consciência e nas atitudes do sujeito, para que a energia masculina ou feminina não interfira na vida individual de modo incômodo ou destrutivo, afetando relações afetivas, por exemplo.

Há muita confusão a cerca dos padrões culturais femininos e masculinos. Tabus e limites são diariamente rompidos por alguns segmentos da sociedade, enquanto outros se prendem a padrões medievais. Segundo Emma Jung, é imprescindível para manter o eixo na consciência que nós retornemos às nossas raízes com a natureza. Para explicar sua teoria, ela extrai mitos, lendas e principalmente, contos de fadas. E por mais que sejam histórias da cultura europeia, podemos fazer o exercício e encontrar semelhanças aos mitos da cultura brasileira.

Quem pretende se aprofundar nesses conceitos junguianos, vai se encantar com a leitura e com os antigos contos de fadas utilizados em paralelo à teoria. Apesar de ser um livro curto, o conteúdo é denso e interessante. Pra quem não está familiarizado com os arquétipos Animus e Anima, talvez seja necessária uma breve consulta antes de iniciar a leitura para se envolver logo nas primeiras páginas, por isso expliquei anteriormente no post tais conceitos, espero ter ajudado.

Se você gostou da sugestão de livro ou gostaria de conhecer mais sobre esses arquétipos, não deixe de curtir, comentar ou compartilhar :)

Ficou com vontade de ler?

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