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O Fenômeno Gaslighting – um livro sobre manipulação

Sinopse: O termo gaslighting começou a ser utilizado para descrever fenômenos psicológicos que envolvessem manipulação de pessoas em meados da década de 1960. Esse fenômeno, que se sustenta por meio de mentiras e manipulações, tem o objetivo de alterar a percepção de realidade das vítimas, levando-as a questionarem suas memórias e até a própria sanidade. A Dra. Stephanie Sarkis, terapeuta especialista no assunto, apresenta as variadas facetas desse fenômeno, descrevendo o comportamento gaslighting em todos os cenários da vida, além da forma de reconhecer esses exímios manipuladores. Seja um cônjuge, namorado, pai, colega de trabalho ou amigo, os gaslighters distorcem a verdade mentindo, escondendo informações, colocando os outros contra você. O Fenômeno Gaslighting é um livro que coloca o tema em destaque, não apenas ajudando na identificação de vítimas de um gaslighter, como também apresentando ferramentas para que as pessoas possam se libertar dessa situação e seguir em frente sem traumas.

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Único livro sobre Gaslighting em português, escrito pela psicóloga Stephanie Sarkis que percebeu a necessidade de discutir sobre esse assunto com seus efeitos perturbadores em seus clientes que a procuravam em busca de ajuda profissional. Em determinado momento da terapia, ela identificava que psicopatologicas como transtornos do déficit de atenção e hiperatividade, depressão, ansiedade, ideação suicida e até dores crônicas estavam apresentando uma piora devido a um fator externo. Esse fator externo era o fenômeno Gaslighting.

O fenômeno Gaslighting é praticado igualmente por homens e mulheres. Os Gaslighters são mestres na manipulação, são mentirosos, irão usar tudo o que você diz contra você, negar suas necessidades, fazer intrigas para afastar sua família e seus amigos e se vingar caso venham a ter um pedido negado. O intuito deles é te deixar sozinho(a), refém da manipulação para se sentirem no poder, te controlar e fazer você questionar e duvidar da sua própria realidade e pensar que está ficando louco(a).

Fiquei chocada ao ouvir isto: ‘Lamento ter traído, mas, se você fosse uma esposa melhor, eu não teria procurado carinho em outro lugar’.

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O processo de manipulação dos Gaslighters é lento e insidioso, mas isso não quer dizer que você não consiga identificar se é alvo deles logo no começo. O objetivo da autora é facilitar o reconhecimento dos sinais antes que seja tarde demais, pois os Gaslighters irão falar tudo o que você gostaria de ouvir, te tratar de modo especial, muitas promessas encantadores farão para você achar que não precisa de mais ninguém além deles, isso tudo é uma armadilha para você confiar neles. Eles querem te deixar dependente deles e depois, fazer você se sentir a pessoa mais problemática que ninguém quer por perto. Eles são tóxicos.

Ele disse que o jantar que eu preparei estava muito bom… e que ele estava feliz em ver que finalmente tinha conseguido me ensinar a cozinhar. Em questão de segundos, ele me fez oscilar entre sentimentos de extrema felicidade e de extrema frustração.

Os Gaslighters podem ser: o namorado(a) supercontrolador(a) que se mostra no início do relacionamento como charmoso(a), espirituoso(a) e autoconfiante; pode ser o colega de trabalho que leva o crédito em tudo que você faz; é o vizinho que está sempre te acusando ou até mesmo parece ser seu amigo e depois começa a flertar com o seu parceiro(a); o político que nunca admite um erro, é corrupto ou ditador; o assediador numa posição de poder; o líder religioso que conduz sua vida e quer seu dinheiro. Eles estão por toda parte, podem estar até na sua família e, quando ele é seu pai ou sua mãe, você pode ser um também pelo fator genético ou apenas conter um traço desse comportamento que foi aprendido com o tempo de convivência com eles.

Nós não discutimos com aqueles que discordam de nós, nós os destruímos.
Benito Mussolini

Eu era sócio de um cara que era o gaslighter em pessoa. Ele disse aos nossos clientes que eu era ‘mentalmente instável’ e por isso eles deveriam procurar apenas a ele se quisessem fazer negócio. Finalmente, um dos clientes me disse: ‘Eu acho que você não sabe disso…’ e me contou a história toda. Eu vendi minha parte do negócio e saí da sociedade.

Me diziam que eu tinha cometido pecados contra Deus e era obrigado a trabalhar num campo de trabalho forçado para me ‘redimir’.”

Para se tratar dos efeitos da convivência com um Gaslighter, Stephanie Sarkis dará dicas, como: encontrar o profissional ideal para auxiliar na proteção e cura do Gaslighting; indicar as melhores abordagens de psicoterapia de acordo com seu perfil; ensinar como diminuir sua ansiedade por meio de técnicas como a meditação para reduzir o estresse e aumentar a capacidade de enfrentamento.

Minha mãe me disse que eu tinha que fazer faculdade de Direito. Disse que desejar menos do que isso era querer ‘me acomodar’. Ela nunca foi para a faculdade. Me formei com as melhores notas da classe. Mas ela me disse na formatura, ‘Não sei por que você está tão animado; nem sabe se vai conseguir um emprego!’.

Além disso, durante a leitura há vários depoimentos de vítimas do fenômeno Gaslighting. O assunto também é discutido por casos de longas batalhas na justiça em disputa pela guarda dos filhos, assim acompanhamos os problemas enfrentados quando ocorre o fim da união com um Gaslighter, as acusações infundadas e alienação parental envolvida no processo de manipulação.

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Achei que a autora pecou ao fazer algumas afirmações contraditórias, por exemplo, ao dizer que os Gaslighters se vestem de modo desleixado por serem avarentos e após que eles são muito vaidosos para aparentar status social, ou então, quando diz que eles não usam redes sociais e em outro momento que expõe muito você nas redes sociais dele. Não acredito que esse erro desmereça o estudo dela, pois acontece poucas vezes.

Ainda não há descrição do comportamento Gaslighting no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), porém esse comportamento manipulador está associado a Transtornos de Personalidade do Grupo B: transtorno de personalidade narcisista, histriônica, antissocial e borderline. Igualmente como esses transtornos, os Gaslighters são pessoas egossintônicas, ou seja, eles julgam todos como loucos menos eles.

Eu sou objeto de crítica no mundo todo. Mas acho que, se as pessoas estão falando de mim, é porque estou no caminho certo.
Kim Jong-il

Acredito que a autora esqueceu de deixar claro que o Gaslighter não precisa ter todos os sinais que ela descreve. Como esse padrão de comportamento está relacionado com transtorno de personalidade e, quando se trata de transtorno de personalidade nem sempre a pessoa precisa ter todos os sinais para ser diagnóstica como portadora, pois há um mínimo de sinais identificáveis e aceitos para o diagnóstico, então o Gaslighting não deve ser diferente segundo a minha perspectiva.

Indico o livro “O Fenômeno Gaslighting – A estratégia de pessoas manipularas para distorcer a verdade e manter você sob controle” de Stephanie Sarkis aos profissionais da área de saúde mental e justiça, principalmente, as pessoas que estão envolvidas em relacionamentos abusivos, vítimas de violência doméstica, assédio moral e humilhação constante, ou para aqueles que já estão desconfiados que são vítimas dessas manipulações e para as não vítimas que conhecem alguém que é e está trazendo preocupação.

Ficou com vontade de ler?

Encontre aqui O Fenômeno Gaslighting: a estratégia de pessoas manipuladoras para distorcer a verdade e manter você sob controle, de Stephanie Sarkis. Para saber mais detalhes, clique no link abaixo.

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