Borders são pessoas portadoras do transtorno de personalidade chamado Borderline característico pelo excesso de emoções e sentimentos, eles apresentam assim hiperatividade emocional.
Todos nós podemos passar por momentos explosivos variados, de: raiva, impulsividade, teimosia, ciúme intenso, humor instável, apego afetivo, desespero, insatisfação pessoal ou medo do abandono. Porém, quem sofre de Borderline está sempre no limite de suas emoções, eles vivenciam isso a todo momento de forma persistente, prejudicando eles mesmos e as pessoas com quem se relacionam.
Os Borders não conseguem lidar com opinões contrárias, desaprovação, rejeição ou abandono, causando um estresse muito mais intenso do que o normal diante dessas situações.
Eles lidam com o afeto de forma disfuncional. Uma pessoa pode ter um traço da personalidade Borderline, mas não propriamente ser portadora do transtorno, ou seja, o traço de personalidade dela pode não ser tão disfuncional e patológico como o transtorno. Geralmente pessoas com uma personalidade borderline, possuem autoestima baixa, dificuldade no relacionamento interpessoal, impulsividade e instabilidade de humor, porém não apresentam ataques de fúria e dependência.
O fator genético tem grande importância, cerca de 50% de chance de risco, porém não é determinante, ou seja, se uma pessoa tem a carga genética, mas vive num ambiente saudável, ela poderá ter somente o traço de borderline e não chegar a apresentar o transtorno.
A ação do cérebro no sistema límbico (região do cérebro que regula as emoções) dos Borders é fortíssima, fazendo com que todas as emoções explodam à flor da pele. Cerca de 75% dos casos são do gênero feminino.
Devido à vivência dolorosa e carregada de emoções, eles podem praticar atos autodestrutivos, ocorrendo a automutilação a fim de obter atenção e auxílio dos outros, expressando a sua raiva ou se afastando de afetos muito opressivos, ou mesmo na tentativa manipuladora de suicídio.
Os Borders são dependentes e também hostis. Para evitar a solidão, mesmo que seja por um momento breve, eles podem aceitar até mesmo um estranho como amigo e apresentarem comportamento promíscuo. Experimentam um vazio crônico, tédio e falta de uma identidade própria consistente.
Apresentam comportamentos instáveis também em suas relações, mudando de alianças frequentemente. Enxergam as pessoas como totalmente boas ou más (mecanismo de defesa de cisão), as pessoas boas se tornam suas figuras de apoio, já quando enxergam de maneira ruim, eles desvalorizam e sentem muita raiva pela ameaça de abandono, por isso se afastam das pessoas odiadas.
TRATAMENTO: A terapia comportamental é eficaz no controle dos impulsos e os surtos de raiva, reduzindo a sensibilidade à crítica e rejeição. Já a farmacoterapia é feita com antipsicóticos para reduzir a raiva e hostilidade. Os antidepressivos podem ser descritos para melhorar o humor depressivo, comum nos Borders.
VAI AÍ UM RESUMINHO…
- instabilidade emocional intensa
- sentimento de vazio crônico
- relacionamentos interpessoais instáveis, oscilando em curtos períodos de uma grande paixão ou amizade para ódio e rancor profundo
- esforços excessivos para evitar abandono
- instabilidade em relação à auto-imagem (inclusive sexual)
- atos repetitivos de autolesão se envolvendo em atuações perigosas como dirigir em alta velocidade e embriagado, usar drogas, fazer sexo sem proteção, etc.
- atos suicidas repetitivos
CURIOSIDADE: No suspense, sucesso de bilheteria e clássico dos anos 80, ”Atração Fatal”, podemos ver a personagem Alex Forrest que persegue ferozmente Dan Gallagher, mesmo sabendo que ele já possuía sua própria família. Ela seduz ele e depois enlouquece ao ser rejeitada, transformando a vida de todos num pesadelo, fazendo chantagens, ameaças de morte, e virando a vida de Dan de ‘ponta-cabeça’ para conseguir ficar com ele.


Fotos – Pinterest
Vou assistir novamente Atração Fatal, agora para observar o transtorno de boderline. Outra personagem, que eu acho, que sofre de boderline é a Nina do Cisne Negro. Ótima resenha!
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Eu adoro Cisne Negro faz muito tempo que não vejo, vou ver novamente também ☺️ Obrigada, Juliane! 😘
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