Cleptomania é um distúrbio psicológico raro, no qual a pessoa furta por impulso diversas coisas, inclusive objetos sem valor. A pessoa portadora desse distúrbio não reconhece os limites dos atos que pratica. Ao observar determinado objeto, o cleptomaníaco sente uma necessidade incontrolável de furtá-lo, devido a grande ansiedade antecipatória do ato.
Geralmente os objetos mais escolhidos são os de menor tamanho, desnecessários ao uso pessoal e possuem baixo valor monetário. Ou seja, o que atrai os cleptomaníacos é somente saciar a vontade de furtar.
Após conseguir o objeto, o cleptomaníaco sente extremo alívio, prazer e satisfação, porém junto a isso ocorre seguidamente um sentimento de fracasso total por não ter conseguido resistir ao ato e uma forte sensação de arrependimento, alguns chegam até a devolver o objeto, mas isso não impede que ele volte a furtar.
O psiquiatra suíço Andre Matthey foi o primeiro a utilizar o termo ‘klopemanie’ para descrever os ladrões que roubavam impulsivamente itens desnecessários devido à insanidade.
Anos depois, os médicos franceses, Jean Etienne Esquirol e C.C. Marc alteraram a palavra para ‘kleptomanie’, para descrever o comportamento caracterizado por impulsos irresistíveis e involuntários. Segundos eles, a pessoa com ‘kleptomanie’ era então “forçada a roubar” devido a uma doença mental e não devido à falta de consciência moral.
Somente a partir dos anos 50 que a cleptomania foi reconhecida pela Associação de Psiquiatria Americana como uma doença mental e só nos últimos 15 anos os trabalhos científicos nesta área confirmaram realmente como um transtorno psiquiátrico.
A conduta do cleptomaníaco não é motivada para expressar raiva ou vingança, seria um comportamento inconsciente que estaria ligado a outros problemas psicológicos, como a depressão e a ansiedade.
O comportamento é muito difícil de ser tratado, geralmente os cleptomaníacos não procuram ajuda e são encaminhados aos consultórios clínicos pelos próprios familiares ou por alguma autoridade quando são pegos em flagrante. O tratamento pode ser feito à base de medicamentos e com terapia cognitivo comportamental, o indicado seria aprender a controlar o impulso ou então, substituí-lo por um comportamento não destrutivo.
A cleptomania pode ser encontrada tanto em homens como em mulheres, porém há uma ocorrência maior em mulheres, talvez pelo fato delas buscarem mais ajuda especializada do que os homens.
É difícil falar em cura, mas existem casos de pacientes que melhoram e têm remissão completa dos sintomas. Esse distúrbio causa muitos problemas legais, sociais, ocupacionais e familiares, resultando em vergonha e culpa intensa. Apesar das consequências, a cleptomania ainda é pouco estudada, mal compreendida e carregada de preconceitos.
Quero fazer Psicoterapia!
Sua saúde mental merece atenção e cuidado. Aqui no Melkberg existe um espaço próprio para isso. Clique no link abaixo para agendar a sua sessão de psicoterapia online que melhor se adeque ao seu horário.
Cintia, será que alguns cleptomaníacos roubam para suprir alguma falta ou sentimento de vazio? Muito elucidativo seu post. Abraços!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Sim, acredito que o Cleptomaníaco vive uma carência em alguma área de sua vida que a adrenalina em furtar e acumular objetos de outras pessoas, lhe dão momentaneamente um sentimento de prazer e falsa sensação de preenchimento. Muito obrigada, Juliane! Abraços!
CurtirCurtir