Produzimos comportamentos repetitivos que nos impossibilitam de ver uma situação de maneira racional e coerente. Existem pessoas que conseguem se retirar de uma história e pensar sobre ela, de maneira mais prática, porém muitas pessoas têm certa dificuldade em fazer isso, geralmente, estas expressam respostas mais emocionais que as outras.
O que eu quero dizer é que criamos ao longo da vida, o hábito de pensar sempre nos colocando no centro da situação e se, no caso a situação for boa, julgamentos sermos merecedores, se for ruim, julgamos ser injustiçados.
O correto é que uma história sempre terá os dois lados, e por esse motivo, o melhor é tentar respirar fundo e se retirar um pouco do centro, por mais tentador que isso pareça.
As pessoas são diferentes, não adianta você exigir que alguém responda da mesma forma que você responderia, pois ela não vai fazer isso, pode até dar certo num primeiro momento, mas depois ela não vai continuar agindo como você espera.
Listarei então alguns motivos, para que você reflita mais e pense como levar as coisas sempre para o lado pessoal, pode acabar sendo prejudicial para sua saúde psicológica.
Como não levar as coisas para o lado pessoal
1 Tente ser menos impulsivo, como disse anteriormente, não adianta exigir que os outros se comportem como você, então pense antes de expressar sua indignação, caso alguém tenha feito você se sentir mal, pense se a intenção foi realmente essa.
2 Existem pessoas que não tem muita capacidade em se expressar de maneira clara, não se comunicando tão bem, isso pode ser atingir outras pessoas e não só você. Talvez a pessoa que te afetou, tenha uma barreira a mais na hora de se relacionar e pode até sofrer em alguns momentos por isso, então considere o outro também.
3 Largue a crença de que pessoas boas merecem coisas boas e pessoas ruins merecem coisas ruins, pois a vida não funciona desse jeito. Você não está sozinho, muitos de nós crescemos ouvindo coisas parecidas como esta. Isso não nos ajuda a encarar a vida de frente, pois costumamos bater o pé e pensar “bem, eu não mereço isso, logo não aceitarei”.
4 Saia do papel de vítima. Não estou dizendo que nunca somos vítimas de nada, mas é melhor sermos apenas no primeiro instante, após isso, é melhor largar esse papel, pois ele é acomodador e sofremos ainda mais exercendo ele. Além disso, podemos usar a autocrítica para pensar na situação e se temos alguma responsabilidade, mediante a isso.
5 Se o outro convive com você e está te afetando de forma recorrente, tente o diálogo e expresse como você se sente diante da fala do outro, talvez essa pessoa não perceba que está te fazendo mal, mas nunca esqueça de se avaliar também, pois pode ser algo pessoal, não é mesmo?
6 Será que você está sensível demais? Procure perceber se você tem medo da rejeição e trabalhe melhor sua autoestima, afinal você não está no mundo para ser aceito pelos outros. Todos temos defeitos e qualidades, para melhorar nossos pontos mais fracos, dependemos apenas de nós mesmos e não do outro. Você tem que pensar se existe um comportamento seu que prejudica suas relações, isso pode vir pela opinião do outro, mas será você que deverá concluir isso e mudar de atitude sozinho, só depende de você.
7 O outro não quer saber a sua opinião? E você ficou abalado(a)? Chore o quanto quiser, enxugue as lágrimas e vida que segue. Lembre-se, o erro pode não estar em você, não leve tudo para o lado pessoal. Se o outro não está se importando, seja você mesmo que se importará e quanto maior o tempo de resistência em perceber isso, maior o tempo que você se encontrará no mesmo lugar indesejado que foi colocado.
8 Perceba se você escuta demais os outros ou se você se conhece muito pouco. Pense até que ponto o outro tem razão ou não na afirmativa dele, se você reprova o que está sendo falado por ele, então por que está dando tanta importância ao que você reprova? Será que talvez você esteja fazendo as coisas de modo errado? Pois, se continua levando para o lado pessoal, você pode estar no seu subconsciente concordando com a opinião alheia.
9 Seja seu próprio juiz! Valide se as críticas ou até mesmo os elogios, condizem com sua pessoa. Se as coisas ruins podem não ser verdadeiras, por que os elogios devem ser? Talvez um elogio, possa estar vindo “da boca pra fora”, tenha em mente quem é você de verdade e se deve levar a sério uma afirmação da boca do outro, dê valor as pessoas verdadeiras que realmente querem o seu bem e te conhecem a fundo.
10 Somos narcisistas por natureza, porém é preciso sair um pouco de cena e ser justo com o que é correto, sem ferir os mais próximos com opinões egocêntricas. Cada um tende a defender o seu, mas não venceremos todas as vezes nos pontos de vista, portanto seja mais humilde. Todos os dias não serão seus, tem vezes que ganhamos e outras saímos perdendo, então é melhor sair com dignidade.
11 Por último, não exagere e não leve tudo para o lado pessoal. Se você assume frequentemente uma postura muito sensível às críticas, por exemplo, as pessoas vão deixar de falar coisas que podem te ajudar, por causa do medo da sua reação. Desse modo, você se tornará a própria vítima de seus atos e ficará cada vez mais sozinho, sem entender o que está acontecendo com você e qual o seu erro.
Esses foram meus conselhos, eles podem servir tanto para as situações mais banais como as mais complicadas. Mesmo que não saibamos o que é correto ou não, o melhor é fazer as coisas bem pensadas, do que agir impulsivamente e acabar ferindo um outro alguém, ou mesmo, se ferindo, caso o outro não esteja se importando com você.
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Ilustração de Katty Huertas
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