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Segunda Tópica de Freud – Ego, Superego e Id

Carregamos o bem e o mal dentro de nós. Quem nunca cometeu um pecado que atire a primeira pedra. Pensamentos maldosos nos incomodam, já os bondosos não. Qual será o motivo?

Desde a infância nos ensinaram sobre as coisas certas e erradas, o que podemos ou não fazer. E quando fazíamos algo de errado, éramos repreendidos na hora. É mais fácil lembrar dos castigos ou dos parabéns que recebeu quando criança? E aquela tradicional imagem do anjinho e diabinho discutindo na nossa mente, enquanto tentamos fazer uma negociação entre esses dois… Isso foi apresentado inúmeras vezes nos desenhos animados.

Quem aqui é das antigas talvez lembre do primeiro post do blog. Caso sim, responda nos comentários, eu vou adorar saber! Em “Iceberg de Freud”, explico a primeira teoria freudiana sobre o funcionamento do aparelho psíquico, por isso é fundamental conhecer esse material antes, é só clicar no link aqui. Mas voltando ao assunto, você deve estar curioso… Por que existem a Primeira e a Segunda Tópica de Freud?

Então, a partir da prática no consultório, Freud viu a necessidade de criar um novo modelo de funcionamento da mente que complementasse a Primeira Tópica. Isso se deu pela observação das resistências do “ego” do indivíduo durante a análise, se opondo a tomada de consciência para possível cura.

Desse modo, entre os anos de 1920 e 1923, Sigmund Freud remodela sua teoria do aparelho psíquico ao introduzir novos conceitos na psicanálise, chamados: id, ego e superego. A Segunda Tópica descreve um visão mais profunda da mente humana, dando destaque à repressão e resistência na formação da personalidade, como os conflitos moldam nosso modo de ser, pensar e se comportar.

Para entender facilmente essa teoria freudiana, visualize aquela imagem popular do anjinho e diabinho falando no seu ouvido, okay? Vamos lá à explicação do ponto de vista da Psicanálise:

Psicanálise: A nova divisão do aparelho psíquico 

Agora as três instâncias principais para entender a mente, serão: Ego, Superego e Id.

EGO

Surge a partir da interação do indivíduo com a realidade. Atinge as três instâncias no exemplo do iceberg (consciente, pré-consciente e inconsciente) é o negociador que busca o equilíbrio da mente, entre as exigências do id “a reserva de pulsões” e do superego “o crítico da consciência”. O resultado disso é uma tensão conflituosa experimentada no inconsciente que exerce uma influência duradoura na formação da personalidade.

ID

Responde as necessidades básicas do indivíduo ao nascer. O id constitui o reservatório da energia psíquica, onde se “localizam” as pulsões de vida e de morte. Possui equivalência topográfica com o inconsciente visto na primeira tópica, é formado pelos impulsos primitivos e obedece ao princípio do prazer, isto é, todo o desejo deve ser imediatamente satisfeito.

Porém, como o ego atua pelo princípio da realidade, ou seja, não podemos ter tudo o que desejamos e devemos considerar o mundo em que vivemos. Assim, o ego tenta negociar com o id para realizar seu desejo sem causar danos terríveis, já que na estrutura do id tudo é permitido, não há leis, nem limites nessa instância.

É nesse momento que aparece o superego…

  • Superego: controla o senso de certo e errado. Representa a moral, a consciência e a fonte do julgamento. Estruturado por processos de identificação com os pais.

SUPEREGO ou ideal do ego 

Controla o ego e também normatiza as pulsões do id, atingindo o nível pré-consciente e inconsciente. É a voz internalizada dos pais e da sociedade civilizada, é a moral, a fonte do julgamento, da consciência, culpa e vergonha. Conhecido como o herdeiro do Complexo de Édipo, essa instância é estruturada por processos de identificação com o superego dos pais.

A consciência moral é incorporada na interiorização das ordens e proibições vindas pelas autoridades. E o conflito entre as exigências dessas figuras superiores e nossas realizações (do ego) resulta no sentimento de culpa experimentado por nós de forma inconsciente. Com isso, o mal-estar se instala definitivamente no interior do indivíduo.

RESUMINDO…

Por fim, podemos exemplificar o seguinte: Se o seu ego se submeter as vontades do id, certamente você ficará satisfeito de imediato e após isso se tornará imoral e destrutivo. Já um ego que prevalece a vontade do superego, tornará você alguém correto, porém insatisfeito pelos seus desejos instintivos.

Se precisa resgatar o passado para descobrir a razão do seu mal-estar ou sente que nunca pode ser quem realmente é.

Faça terapia comigo, assim eu posso te ajudar na busca pela liberdade interior e te livrar dessas amarras que hoje te atormentam.

Espero que esse conteúdo ilumine a sua mente, que seja insight!

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3 comentários em “Segunda Tópica de Freud – Ego, Superego e Id”

    1. Total! Excelente observação.
      Estamos vivendo a Era da busca pelo prazer imediato. Somos bombardeados por dopamina todo o tempo nas mídias sociais e por consequência o egocentrismo e a intolerância vem ganhando cada vez mais espaço nas relações humanas.

      Curtido por 1 pessoa

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