Filme triste e profundo. Lançado em 2002, o primeiro trabalho como diretor de Todd Louiso, me deixou pensativa sobre a estória de Wilson, interpretado pelo brilhante ator Philip Seymour Hoffman, o qual teve uma excelente atuação, em meio a risadas exageradas fora de contexto (labilidade emocional), um semblante vazio de alegria e repleto de dor.
Casado com Liza, Wilson Joel de uma hora pra outra se vê “sem chão”, sem nada, Liza se foi e deixou uma carta.
No trabalho não consegue mais interagir com os colegas, não vê sentido em mais nada, a depressão chega e não afeta somente ele, mas também, quem conhecia o antigo casal.

Vários “porquês” sem resposta, questionamento infinitos, sentimento de culpa, raiva, solidão e depressão. O processo de luto é complexo e devagar, durando em média dois anos.
Sem vontade de viver, ele se aproxima da morte e começa a apresentar comportamento autodestrutivo, não se importando com mais nada. Larga sua casa, começa a cheirar gasolina todo o tempo, dirige sob o efeito do seu vício, só deseja acabar com a dor, mas não sabe como, então vai se matando aos poucos, se dopando.
Wilson vai perdendo tudo, conforme o luto e o vício, o consumem. Sem noção nenhuma de autocontrole, ele fica completamente desgovernado como o seu avião que era movido a combustível, comprado para esconder seu vício, para fugir de seus pensamentos depressivos e saudades que sentia de sua esposa Liza.

Ele tenta negar o suicídio de Liza por um tempo, sendo este, um tempo caótico de sua vida, ele resiste carregando a carta de despedida da esposa por todos os lados, porém não tem coragem de lê-la, resiste e perde a carta em mais de um momento, pessoas ao seu redor tentam ajudá-lo, mas a situação só vai piorando, isso é de certo modo, angustiante de assistir.
O final mostra que o sentimento de perda foi tão devastador para Wilson, que seu estado emocional junto ao vício, o consumiram em todos os níveis: material, espiritual e psicológico.

Ele tinha tudo, mas agora não tem mais nada, tudo se foi junto com Liza e mais do que nunca, Wilson se sente totalmente perdido, andando sem rumo pelas ruas de sua cidade.
Para ele, ninguém se importava com seu estado emocional, o que muitas pessoas numa situação dessas podem chegar a sentir. Elas tentam seguir em frente, mas ninguém consegue imaginar a dor que sentem, por isso pessoas que enfrentam um luto como esse, devido ao suicídio, acabam ficando muito sós em seus pensamentos e incapacitadas de retornarem suas vidas.
Um dos lutos mais difíceis de superar, pelo tamanho da violência que o acompanha. Todo um acompanhamento médico e psicológico deve ser feito para cuidar de quem ficou com as lembranças desse alguém que partiu da forma mais bruta e desesperadora que existe.
O filme pode ser cansativo para os mais ansiosos. Bem devagar, o longa-metragem mostra como o processo de luto se passa na mente de Wilson após o terrível suicídio de sua esposa Liza. Por outro lado, o filme é bem interessante pra quem estuda e se interessa por temas a cerca da psicologia ou para aqueles que conhecem alguém que sofreu o mesmo drama.
Nós humanos temos o erro comum de nos apegarmos a coisas desnecessárias, também ficamos presos nos melhores momentos de nossas vidas e no final só restam as lembranças. Então, por mais difícil e inevitável que seja relembrar os fatos do passado, tente fazer com que isso seja repassado em sua mente da maneira menos traumática e mais enriquecedora, pois necessitamos de crescimento pessoal e da alma.
Ficar atrelado a uma dor, não fará a sua vida melhor, ao contrário, só vai ser mais desgastante para você mesmo. Momentos ruins demoram para passar e momentos bons passam num “piscar de olhos”, faça os ponteiros do seu tempo girarem a seu favor, pense em sua vida com menos rigidez e pense em você com mais amor. O que pode estar sendo um incômodo (viver) agora, para outros pode ser algo inalcançável e valioso, dando tudo de si para não perder (vida).

Trailer Do Filme: Com Amor, Liza
Uma triste coincidência é que tanto o personagem como o ator tinham uma história semelhante. Philip Seymour Hoffman era dependente químico e lutava há anos contra o vício em drogas e a depressão. Infelizmente, o ator não resistiu ao consumo excessivo de heroína, cocaína, anfetaminas e tranquilizantes, morrendo de overdose no ano de 2014, deixando sua esposa e seus três filhos.
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Adorei a resenha!! O filme parece se muito bom, entrou para a minha interminável lista..risos…Bjs!
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Obrigada, Juliane! ✨Que bom que entrou pra lista rsrsrs eu também tenho uma ☺️ Bjs!
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Gostei muito de como você explica o filme, este é um problema de todos os dias más a gente sempre ignora. Parabéns, continua assim!
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Que bom que gostou, fico feliz em saber ✨
Sim, infelizmente muitas pessoas ignoram o fato de que a cada minuto alguém se mata e também ignoram quem fica sentindo a perda.
Muito Obrigada! 😊✨
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Como faço para ver este filme, não consigo baixa-lo
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Nonato, infelizmente esse filme é difícil de achar, só consegui vê-lo pela HBO mesmo.
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